A inflação em abril praticamente triplicou e foi a mais alta em um
ano por conta, principalmente, da alta dos preços de cigarros, do custo
dos empregados domésticos e valor dos remédios, informou nesta
quarta-feira (9) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística).
“A inflação em abril foi mais pulverizada”, afirmou a gerente da
Coordenação de Índices de Preços, Eulina Nunes dos Santos. “Além de
cigarros, domésticas e remédios, outros setores contribuiram para a
inflação, como alimentos, vestuário e habitação”, disse a técnica.
Após terem seus preços reajustados em 25% em 6 de abril, cigarros
apresentaram inflação de 15,04%. O principal motivo foi o aumento do
valor do produto cobrado pelas fabricantes que se anteciparam ao aumento
do IPI (imposto de produtos industrializados), realizado pelo governo
em maio.
O reajuste recente do salário mínimo (de R$ 545 para R$ 622) e a
crescente escassez de mão de obra no setor de empregados domésticos
contribuíram para pressionar o valor pago a esses profissionais. A
inflação do item atingiu 1,86%. Cigarros e empregados contribuíram para
que o grupo de despesas pessoais subisse de 0,55% em março para 2,23% em
abril.