sexta-feira, 22 de junho de 2012

Aumenta em 3 mil os casos de dengue em junho

Um boletim foi divulgado sobre os casos de dengue no mês de junho. De acordo com o Programa Estadual de Controle a Dengue, houve um acréscimo de 3 mil casos. Entretanto, há uma diferença de 17% a menos desse mesmo mês no ano passado. Em maio, foi registrado 6 mil casos. Essas informações podem alterar.

Lúcia de Fátima, técnica do Programa de Controle a Dengue da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), respondeu que muitas prefeituras estão enviando os seus relatórios atrasos, dificultando a vigilância sobre a doença epidêmica. “Os municípios deveriam melhorar os seus atendimentos de vigilância epidemiológica”, respondeu.

A técnica respondeu que os casos aumentaram por causa do aumento das chuvas, que faz com que alguns lugares acumulem água e gera focos do mosquito Aedes (Stegomyia) aegypti. Casas abandonadas ou com piscinas, construções e borracharias são um dos locais que mais possui chance do mosquito se proliferar.

Sobre a utilização do Ultra Baixo Volume (UBV), ela disse que é desnecessário, uma vez que em vários pontos do estado já existem mosquitos demonstrando resistência. Fátima respondeu que os carros fumacê, como também são conhecidos, só devem ser utilizado em lugares em que pessoas foram contaminadas nos últimos 15 dias.

Ao todo, o Rio Grande do Norte já possui quase 20 mil casos confirmados.  Somente 6 pacientes foram confirmados que morreram por causa da doença. A taxa de latência é de 3,64%.

Ela recomenda que o governo e a população tenham que fazer medidas de controle dos vetores, como eliminar objetos que acumulam água e limpar as caixas d’água ou qualquer outro depósito. “As construtoras devem limpar, com esponja, os seus depósitos para não deixar nenhum foco de mosquito, é uma medida eficiente”, disse.

Lúcia de Fátima também aconselhou que os arquitetos e engenheiros devessem construir casas que impeçam a proliferação dos vetores. “A dengue é um problema de ordem administrativa e precisa ter um olhar multiprofissional”, respondeu.

Fátima falou que a ida dos agentes de saúde nas casas das pessoas diminuiu. Ela acredita que o aumento das violências em algumas cidades do estado, inibe as pessoas de receberem os profissionais. “A gente precisa melhorar as ações de destruição do vetor”, disse.