Pressão da família, dinheiro, convenção social ou filhos. Há poucas
décadas, os brasileiros se casavam por uma série de motivações que
muitas vezes deixavam o amor em segundo plano. Um casal que decidia
morar junto sem antes subir ao altar e passar por todos os ritos do
casamento era estigmatizado e não tinha direito a benefícios garantidos a
outras uniões formais. Mas a sociedade evoluiu e o preconceito e o
conservadorismo deram espaço à liberdade. Com isso, juntar as escovas de
dente sem antes assinar uma certidão de casamento não é mais um tabu.
O último censo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) mostrou que o número de casais que se uniram por meio
de cerimônias civis e religiosas no Distrito Federal caiu de 45,4% em
2000 para 42% em 2010. Nesse mesmo período, houve aumento do total de
brasilienses que optaram apenas pela união consensual. Em 2000, esses
casais representavam 31,7% do total e, na última pesquisa, esse número
subiu para 35,9%, um crescimento superior a 13%.