sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

JF transfere Beira-Mar de Mossoró para Rondônia

A Justiça Federal deu um pitu na mídia mossoroense e ainda economizou recursos públicos. Estavam todos de olho em FB, sujeito temido por todos lá do Rio de Janeiro.

Mas, na verdade, o jato da PF terminou foi fazendo uma operação segura de transferência de Fernandinho Beira-Mar de Mossoró para o presídio Federal de Rondônia.

Trata-se de um rodízio previsto nas regras do Sistema Prisional Federal. O preso, do porte de Beira Mar, raramente passa mais de 12 meses num só presídio.

Fica circulando nos quatro presídios federais.

No caso, Beira-Mar concluiu o tempo dele aqui. Agora vai circular nos outros três presídios federais do País e depois retorna para o clima ‘polar’ mossoroense.

É assim que funciona. Isto evita que os ‘amigos’ do preso federal se instalem na cidade e façam ruindades, como insinuou a governadora Rosalba lá em Pau dos Ferros.

O mesmo para os demais presos considerados de altíssima periculosidade que estão no Presídio Federal de Mossoró e demais estados brasileiros. A segurança é máxima.

Nesta nota quero deixar bem claro que acompanhei centenas de homicídios ocorridos em Mossoró nos últimos 5 anos e nenhum teve qualquer relação com Presídio Federal.

Logo, este discurso do Estado de que a violência em Mossoró tem relação com o Presídio Federal é fajuto e tem como objetivo desviar o foco da questão central.

Os homicídios em Mossoró estão acontecendo por que os crimes não estão sendo investigados. Não temos Polícia Civil e nem perícia forense para investigar os crimes.

O Estado fica manipulando a população, enfatizando quem já morreu ou que está preso no Presídio Federal de Mossoró, quando deveria se preocupar com quem está vivo e solto.

Você, nobre amigo, já imaginou que para cada homicídio (191 só em 2011. 660 de 2006 a 2011) são 2 ou 3 assassinos em liberdade? Diga isto a governadora e peça Polícia Civil para investigar os crimes. Cumpra seu dever cidadão.