Para garantir que 21 mil políticos que tiveram suas contas rejeitadas
possam ser candidatos, 18 partidos da base aliada do governo e da
oposição se uniram para pedir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que
revogue a decisão de barrar nas eleições deste ano os políticos que
tiveram prestações de contas rejeitadas em eleição anterior.
A proibição consta da resolução do TSE aprovada dia 1º de março
último, por 4 votos a 3. Eles decidiram por unanimidade, reunidos na
liderança do PMDB, apoiar o pedido de reconsideração da medida feito
pelo PT no último dia 8. Alegam que a decisão ignora o prazo da
anualidade, pela qual a legislação eleitoral deve ser adotada pelo menos
um ano antes do pleito. Se for mantida a proibição, o próprio tribunal
avalia que 21 mil candidatos que tiveram contas reprovadas não poderão
disputar, em outubro, as eleições para prefeitos e vereadores.
O presidente do DEM, senador José Agripino (RN), reitera não existir
“nenhuma segunda intenção” contrária à Lei da Ficha Limpa. “Não se trata
de defender a ficha suja, não é isso”, acrescenta.