O goleiro Bruno Fernandes, acusado de envolvimento no desaparecimento
e morte da ex-namorada Eliza Samudio, teve mais uma vez o pedido de
liberdade negado pela Justiça. Desta vez, o habeas corpus foi indeferido
pelo vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ayres
Britto, em 29 de dezembro do ano passado, porém a informação apenas foi
divulgada na última quinta-feira.
Os advogados tentavam derrubar a decisão do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), que em outubro do ano passado, negou o pedido de
liberdade do goleiro. Na ocasião, o ministro Sebastião Reis Júnior,
relator do recurso, afirmou que o atleta é um homem perigoso e por isso
devia continuar preso. Além disso, afirmou que a circunstância do crime
“ultrapassa os limites da crueldade”.
O ministro Ayres Britto também seguiu a mesma linha. Em seus
argumentos, ele afirmou que “a prisão preventiva do paciente revela-se
adequadamente fundamentada na sentença de pronúncia, destacando-se a
necessidade de manutenção da ordem pública, existindo nos autos
elementos concretos – e não meras conjecturas – que indicam a
periculosidade evidenciada pelo modus operandi do paciente”.
O ministro completou dizendo que “os fundamentos utilizados pelo
magistrado que pronunciou o paciente, por si sós, já se mostraram
suficientes a justificar a manutenção da prisão”. Outro pedido de
liberdade para o goleiro Bruno ainda será analisado pelo Superior
Tribunal Federal (STF).